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O elo invisível entre governança e estratégia

  • Foto do escritor: Pedro Pimentel
    Pedro Pimentel
  • 31 de out.
  • 3 min de leitura

O problema real é que toda toda empresa que cresce enfrenta o mesmo dilema: quem decide o quê, e com base em quê. Quando a empresa era menor, bastava o fundador decidir tudo. No entanto, à medida que o negócio cresce, surgem camadas, diretores, comitês, reuniões, e, de repente, ninguém mais tem certeza de quem é o responsável pelo quê.


Parece detalhe, mas esse é um dos principais motivos pelo qual boas estratégias morrem: não porque as empresas não sabem o que fazer, mas sim porque as decisões do dia a dia contradizem o planejamento sem que ninguém perceba. Um quer crescer receita, outro defende margem. Um aprova desconto, outro aumenta preço. Um investe em expansão, outro corta custos. O resultado? Tempo perdido, energia desperdiçada e um negócio que gera muito trabalho, porém, infelizmente, avança pouco.


Mas, por que isso acontece?


Na prática, muitas empresas confundem reuniões recorrentes com sistema de decisão. Há fóruns, agendas e discussões, mas não há clareza sobre quem decide o quê. E perguntas básicas permanecem sem resposta ou com respostas diferentes a depender de quem responde: “O gestor comercial pode aprovar investimentos de marketing?”, “O financeiro pode vetar uma contratação estratégica?”, “O conselho precisa validar novos projetos?”, “O fundador ainda interfere em tudo, mesmo tendo diretores?”.


Quando esses papéis não estão claramente definidos e não são ampla e irrestritamente comunicados e respeitados, o resultado é previsível: decisões lentas, desalinhadas e, muitas vezes, contraditórias.


Em essência, governança é o que separa debate de decisão. É o mecanismo que define quem decide o quê, com base em quais critérios, e assegura que cada escolha esteja alinhada à estratégia corporativa.


Se a sua empresa ainda não tem uma estrutura clara de governança, saiba que isso é mais comum do que parece e, o melhor, essa situação é perfeitamente reversível. Bastam 3 passos simples, mas consistentes, para mudar esse cenário:


  1. Mapear o fluxo real de decisões dentro da sua empresa (não o que está no organograma, mas o que acontece na prática). Quem influencia, quem aprova, quem apenas executa. É comum descobrir que decisões críticas são tomadas informalmente, sem critério nem registro, apenas com base em urgência ou simplesmente afinidade. Esse mapeamento também permite retirar o peso das pessoas e o alocar no processo;


  1. Reconstruir a arquitetura decisória, deixando claro o papel de cada instância (diretoria, comitês, conselho e sócios). Isso não significa burocratizar o negócio, mas sim criar um sistema em que as decisões fluem com agilidade, coerência e responsabilidade. Empresas que formalizam essa dinâmica ganham velocidade ao invés de perdê-la. E é também muito relevante fomentar entre os tomadores de decisão a criticidade de exercer certos filtros estratégicos, como: “Isso está alinhado ao nosso foco estratégico?” ou “Isso gera retorno no horizonte que definimos?”;


  1. Disciplinar o processo: não basta definir papéis, é preciso garantir que os fóruns certos discutam os temas certos, com a profundidade e frequência adequadas. O conselho deve olhar para direção e futuro; a diretoria, para execução e ritmo; e o fundador, para garantir coerência entre propósito, estratégia e cultura. Misturar fóruns pode ser um erro fatal à medida que as urgências do dia a dia absorverem completamente a pauta do que é importante.


Quando a governança é bem desenhada, a energia deixa de se dissipar em debates repetitivos e começa a se concentrar no que realmente importa: decidir melhor, mais rápido e com maior clareza.


Em última instância, governança não é um luxo ou uma sofisticação de grandes corporações de capital aberto. É a condição para o crescimento sustentável de qualquer empresa. É o elo que conecta visão a execução, intenção a resultado, estratégia a valor.


Na Equus, entendemos que governança é, em última instância, a arte de decidir bem. Empresas que decidem bem, com clareza, critério e ritmo constroem valor de forma previsível. As que decidem mal, desperdiçam tempo, talento e capital tentando entender por que seus planos por melhores que sejam nunca saem do papel.


E você? Sente que sua empresa cresce, mas que o processo de decisão não acompanha o ritmo? Se sim, talvez seja hora de entrar em contato conosco e revisitar sua estrutura de governança, para transformar sua melhor intenção em consistência estratégica e resultado.








 
 
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